quinta-feira, 22 de fevereiro de 2007

solução

amores,

to adorando a discussão! cadê o resto da galera nessa? o nando, pelamordedeus...

bom, eu vou falar também o que eu acho, porque eu acho que todo mundo está certo de alguma forma.

Eu acho que por um lado é complicada mesmo essa história de menor de 18 anos não responder por seus atos na justiça. Tudo bem, isso não vai resolver o problema, mas simplesmente não punir é complicado... Punição é importante, mesmo que não seja o foco da questão. Concordo que talvez alguns criminosos capazes de cometer barbáries (digamos por exemplo quem levou o pedrinho, do prédio da vovó, pra onde quer que seja) percam mesmo o vínculo com os humanos, como a Mônica disse, de forma que seja impossível pensar em uma forma de reintegração, considerando a sociedade em que vivemos, nosso sistema penitenciário... E concordo que a gente tem que horrorizar com as coisas, sim, e aproveitar momentos como esse pra pensar, questionar e exigir mais.

Mas por outro lado, eu concordo com o Du, a gente pode estabelecer a pena de morte no Brasil pra menino de 10 anos, pode fuzilar no paredão, pode torturar esses criminosos todos... não vai adiantar nada, não é por aí, infelizmente, que vai se resolver o problema da violência no Brasil. Vamos continuar com medo, as barbáries vão continuar acontecendo... O que me deixa triste é pensar em como essa solução é dificil e complicada, em como ela está longe de nós...

Sobre sair do Brasil... eu, daqui de fora, penso que seria muito difícil simplesmente não voltar nunca mais, não tem uma terrinha que nem essa nossa... e casa é casa, não tem jeito, o Brasil é a nossa casa... Mas uma coisa eu tenho que dizer. É muito louco se acostumar com a segurança. Eu volto do trabalho de noite, por volta de 10 horas, estou caminhando por uma rua escura aqui perto de casa, ouço passos de alguém que vem correndo atrás de mim, e nem sequer me dou o trabalho de olhar pra trás. No ônibus, no metrô, de madrugada, a gente sabe que é extremamente improvável que aconteça um crime desses, violento... No máximo um batedor de carteira se aproveita dos distraídos na multidão... É uma sensação muito louco essa, uma liberdade... Agora, a pergunta: isso faz a gente mais feliz? eu não sei, acho que não...

maria

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